- POEMAS DE PENA -
Ana Karina Luna
Lua Negra Cartonera, 2022
72 páginas / 36 poemas
Ilustrado c/ 13 Mulheres Cósmicas
ISBN: 978-65-00-56708-3
Artesanal: feito à mão.
(cada livro é levemente diferente, um original)
Sinopse | Fotos | Trecho
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Poemas de pena deixam à vista o vulnerável, a fraqueza, numa queixa mole, doce e cotidiana de um feminino murmurante que sonha ter forças para virar a mesa. Tendo como contexto o ambiente de uma cultura quase completamente masculina, o sentimento de autopiedade esconde, no fundo, um lugar de infantilização das mulheres causada pela cultura e que busca uma possível autolibertação; e pena, talvez, ambicione virar autoperdão.
Este é um Livro Cartonero e uma publicação de uma editora independente nutrida por mulheres.
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Este livro também está disponível como Livro-Duplo:
De um lado a vontade de delação, em “Uma Mulher Dilacera o Patriarcado”, e do outro, a impotência da submissão.
Este é um Livro Cartonero, movimento latino-americano de escritorxs e editoras independentes que recicla papelão para produzir livros num modelo matrístico: sustentável e artesanal. Foi iniciado por catadoras de lixo na Argentina. A autora escolhe, coleta, desmembra e corta caixas que viram capas de papelão reciclado, ilustradas manualmente, assim como o foram os originais das delicadas geometrias que adornam certas páginas. Os livros são costurados um a um e numerados: cada, um original. Cartoneras “disrupcionam” a ordem de publicação e resgatam a autonomia da escritora.
Da criação literária, à ilustração, à produção artesanal, à publicação — tudo é forjado por uma mulher-autora-publicadeira em sua casa-atelier-templo. Boa leitura!
Sobre o Movimento Cartonero →
Catálogo da Lua Negra →
Quem nos salva — coragem, Slava —
somos nós mesmas.
Os bons nos apoiam,
ajudam
porém guerra que nos remove
da mania de escravidão —
que escravo é também vício
é ópio, é de Morte íntima pulsão —,
mas Morte é também:
guerra libertadeira,
reabilitante e
é lutada na própria mola,
assistida pelo próprio Norte.
E se a Morte nos brindar na luta,
aí sim, libertação absoluta.
- trecho de "Adágios de Uma Escrava"