SAINDO DA PISCINA DE ÉTER

Poemas Ilustrados
Ana Karina Luna
Lua Negra Cartonera, 2017
61 poemas + 14 ilustrações
Agora na 2ª ed. (120 páginas, 2022)
1ª ed.: 104 páginas / 200 exemplares numerados

Artesanal: feito à mão.
(cada livro é levemente diferente, um original)

R$45,00 R$40,00
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A travessia pela desordem

Saindo da Piscina de Éter é um livro Cartonero de poemas e ilustrações publicado durante a VIII Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em 2017. Os poemas revelam um eu lírico feminino vivendo seu caos pessoal e atuando uma busca ativa, frenética. Mas este eu é tão fragmentado em tantas parciais que não vê bem o seu todo. Porém, o todo está lá, como se fosse o lastro do livro, ou nem que seja nos buracos da linguagem, criados pelos travessões que abundam. Saudade, anseios inconscientes, enganos, dor, tristeza, separação, sexo, amor-paixão, ansiedade, medos, carência, perdição, violência, o não-saber, o aguardar, o mar, o cotidiano mais mundano e a semente de um despertar: o caos emocional como sendo o próprio caminho na busca do si-mesma. A aparente “desordem” da Piscina de Éter, quase onírica, fantástica, é o que, eventualmente, traz o Ser para o centro do furacão. E aí está, quem sabe, uma integração.

Prefácio da Profa. Dra. Izabel Brandão →

Apresentação à 2ª Edição, por Ana Karina Luna →






Este livro foi feito à mão

A capa é feita de caixas de papelão recicladas. A autora, Ana Karina, escolhe, coleta, desmembra e corta as caixas à mão. Os livros são costurados um a um. Depois as capas são ilustradas, também, manualmente. Cada livro vem numerado, portanto, cada um é um original. Toda a diagramação é feita pela autora assim como as geometrias que se encontram em algumas páginas do livro, e que são de uma beleza delicada. Estes livros são feitos, inteiramente, à mão, por uma mulher, em sua casa-atelier-templo. Boa leitura!

Sobre o Movimento Cartonero →

Catálogo da Lua Negra →

Parindo uma Piscina
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ilustracao
palestra
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costura
verso
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Se tudo me faltar
eu escreverei
sobre tudo o que me falta.
Se houver uma folha só de papel —
eu nela escreverei
e apagarei e reescreverei
se tudo o que me faltar
for muito.
E se não houver um lápis
para um relato do que falta,
eu direi — em voz alta.
E se não houver voz
papel, nem lápis, eu assim direi em gestos
e dançarei
tudo aquilo que existe e me falta.


- poema de "Saindo da Piscina de Éter"